sábado, 29 de outubro de 2011

Algol editora lança livro de Márcio Callegaro " Bala com Bala" e chega nas livrarias em novembro próximo.


Bala com Bala de Márcio Callegaro chegará às livrarias em Novembro de 2011.

É um romance policial e está sendo lançado nesse início de novembro pela Algol Editora, selo Mirfak, em edição econômica e com ampla distribuição pelas livrarias do país.

A história chega ao mercado editorial brasileiro em momento oportuno e possui todos os quesitos para agradar ao atual leitor de best-sellers, pois aborda, e bem, tema de interesse: a atuação da polícia, agora a Civil, vista por quem viveu essa realidade por dentro. Porém, não se espere do livro apenas momentos de ação e operação policial, pois a narrativa nos fala de dramas humanos, vividos por um investigador de nome Tirso Falheiros Pontes que, diariamente, se desdobra entre as dificuldades de um trabalho penoso, de baixo ganho e alto risco, enfrentando as mais diversas mazelas da vida cujo conhecimento, de certo modo, é comum a todos nós, cidadãos contemporâneos.

Uma curiosidade é o fato de Callegaro, além de escritor, ser estudioso de Teoria da Literatura, o que poderia indicar intricadas narrativas ou rebuscada linguagem afastando do livro o leitor comum, o que efetivamente não acontece. Consegue o autor escrever um livro dinâmico, envolvente e moderno, onde as ações e os sentimentos se misturam, de forma equilibrada, assim como os erros e os acertos do protagonista Tirso. Não se trata, portanto, do gênero policial clássico, de um crime a ser solucionado ou de simplesmente um investigador hard-boiled, durão e de moral rígida, que se consagra ao final, mas, contrário a isso, bastante humano para um personagem típico do gênero, com conflitos de um cidadão comum, lutando entre forças opostas, esforçando-se para organizar sua vida pessoal.

Outro ponto que chama a atenção é a escrita cuidadosa da narrativa contrastando, nos diálogos, com o linguajar do dia a dia, tanto do policial quanto do marginal, uma combinação de bom efeito estilístico. Também, ao longo do romance, momentos inesperados de crueza mesclados com a suavidade do poético, muitas vezes habitando a mesma página. E não se poupa o leitor da violência urbana, normais na vida de um investigador, ou de situações libidinosas.

Para quem pensou já ter lido de tudo no gênero policial, a Mirfak busca dar um passo adiante.

Crítica: IL GUARANY, SEGUNDO ELENCO- THEATRO SÃO PEDRO/SP - 27/10/2011 - SÓ FALTOU O CHIMARRÃO! IL GUARANY DOS PAMPAS GAÚCHOS.

Uma récita nunca é igual à outra. Já vi cantores sofríveis em uma apresentação e bons em outra. Acontece sempre. A segunda noite da ópera Il Guarany de Carlos Gomes evidencia essa verdade. A vantagem de assistir ao mesmo espetáculo duas vezes (embora com elencos diferentes) é perceber alguns fatores que nos escapam à primeira vista.

Inexplicável é a luz azulada no teto do teatro, aparece como um fantasma na abertura e no quarto ato. Ao término da ópera , segundos antes de fechar as cortinas, desce uma cruz , simbolizando o nascimento do cristianismo no Brasil, ideia interessante. O traje dos índios Aimorés tem figuras geométricas , calças largas e umas máscaras que parecem ser Zorro, tudo muito esquisito. A Orquestra do Theatro São Pedro melhorou na execução da abertura. O coro canta a toda voz, quarenta coristas fazendo isso encobrem a tudo e a todos , ensurdecem os jovens e acordam os vovôs .

Os solistas foram desiguais, Nadja Souza fez uma Ceci jovem e inocente. Sua voz é leve, pequena e lírica. Defendeu as coloraturas com dificuldades. Destaque para seu belo timbre , encanta aos ouvidos, penetra com maciez na alma e nos corações apaixonados. Um soprano que pode evoluir muito com o tempo.

O tenor Rinaldo Leone continua como sempre, seu Peri tem agudos fracos compensados com gritos, timbre opaco e de difícil audição. Um grande corista, não um solista.

Leonardo Páscoa interpretou bem o personagem Gonzales, sua voz é robusta, com graves às vezes frios. Gustavo Lassen mostrou bela voz , encorpada , volumosa e brilhante, um bom Don Antônio. O papel do Cacique aimoré coube Jeller Felipe , bela interpretação cênica aliada a uma voz possante.

O Don Alvaro do tenor Gilberto Chaves mostrou , em sua pequena participação, um belo timbre com agudos fáceis e brilhantes. Apostaria nele para o papel de Peri, um jovem tenor que merece um papel maior nessa ópera.

por Ali Hassan Ayache.

MinC e dirigentes culturais da região de Santos participam de Seminário

Produtores culturais, representantes das secretarias de Cultura das cidades do litoral paulista e da classe artística estiveram presentes na tarde de ontem (27), no Teatro Municipal Braz Cubas, em Santos, para prestigiar o seminário Metas do Plano Nacional de Cultura (PNC), com coordenação do secretário de Políticas Culturais do MinC, Sérgio Mamberti (à direita na foto). O evento foi realizado pela prefeitura do município em parceria com o Ministério da Cultura.

Na plateia, os representantes dos municípios de Guarujá, Cubatão, Mongaguá, Praia Grande e São Sebastião, e os agentes culturais das áreas de teatro, cinema, literatura, dança e música, tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da proposta de aprimoramento do PNC para os próximos dez anos, processo que incluiu a consulta pública PNC, encerrada no último dia 20 de outubro, que recebeu mais de 6 mil contribuições.

Na mesa, formada ainda pelo chefe da Representação Regional São Paulo do MinC, Valério da Costa Bemfica, e pelo gerente regional da Funarte em São Paulo, Tadeu de Souza, Mambertio afirmou a importância do último encontro do PNC ocorrer em Santos: “Fico feliz pelo Seminário ter sido realizado aqui, pela minha ligação com cidade e também porque este município é um polo cultural que tem muita representatividade em todo estado”, finalizou o secretário.

Ao final do encontro, os participantes tiraram dúvidas e discutiram temas como a ampliação do acesso à produção artística regional e o fortalecimento institucional entre poder público e produtores locais. A exemplo das seminários anteriores, o resultado do debate em Santos servirá de contribuição para traçar indicadores que ajudarão na aplicação de estratégias eficazes para o setor.

Instituído pela Lei 12.343, em 2 de dezembro de 2010, o PNC tem o objetivo de definir e fortalecer as diretrizes para assegurar o direito à todas as formas de cultura.

(Fonte: Site MINC e Assessoria de Imprensa Secult – Santos)
(Fotos: Francisco Arrais)

Ministério Público permite que eventos sejam patrocinados por fabricantes de cigarros.

Fabricantes de cigarro, como a Souza Cruz e a Phillip Morris, poderão voltar a patrocinar festivais de música e eventos esportivos, como a Fórmula 1, contrariando explicitamente a Convenção-Quadro sobre o Controle do Uso do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), ratificada pelo Brasil há cinco anos.

A permissão para propaganda institucional foi incluída na medida provisória da política industrial, aprovada ontem pela Câmara, que agora segue para o Senado.

Segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o texto da MP elimina restrições à “divulgação institucional” dos fabricantes de cigarro, abrindo uma brecha para patrocínio de eventos específicos. “Lendo o que está aqui, ficou claro que os fabricantes podem usar a marca da empresa de maneira basicamente livre”, avaliou Marcelo Mansur, sócio do escritório Mattos Filho Advogados. “Como os produtos, no caso de cigarros, são as marcas, entendo que está permitindo usar inclusive o nome do produto”.

Na avaliação da OMS, reduzir a propaganda institucional pode diminuir o consumo de cigarros, objetivo da convenção. A versão da MP enviada ao Senado também passa por cima da consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que visa a proibição da propaganda institucional.

*Com informações do Estadão.com

PAPO COM O ARTÍSTA: O PENTAGRAMA fala com o compositor, pianista, fundador e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, um dos mais importantes nomes da regência no Brasil, LUIS GUSTAVO PETRI.


O Pentagrama: Maestro o senhor é responsável pela criação da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos e pelo sucesso e a difusão da música erudita na baixada santista, o senhor pode nos contar um pouco sobre isto?

Maestro Petri: Depois de algumas tentativas de solucionar os problemas burocráticos da antiga Orquestra Sinfônica de Santos (particular) a Prefeitura então resolveu fundar a Orquestra Municipal. Em 1994 criamos a lei e em 1995 ela começou a funcionar. E os resultados foram ótimos. Em pouco tempo conquistamos um público fiel e pudemos fazer alguns avanços no que tange à divulgação da música de concerto seja com a orquestra se apresentando fora do teatro em Santos e nas cidades vizinhas seja formando platéia com atividades voltadas para as crianças, ou mesmo viajando com a orquestra e com seu quarteto de cordas para cidades da região. Sempre com enorme sucesso.

O Pentagrama: Além da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, dos convites para reger outras orquestras, entre outras atividades, o senhor assumiu oficialmente, no mês do centenário do Teatro Municipal de São Paulo, o cargo de regente assistente do maestro e diretor artístico Abel Rocha. É um desafio ?

Maestro Petri: Sempre é um desafio. Na verdade sinto-me retornando à minha casa. Foi lá que comecei minha carreira, meu primeiro trabalho oficial como pianista correpetidor nas óperas e nos corais na década de 80. Já havia regido a OSM inúmeras vezes como convidado e agora ao lado do maestro Rocha, sinto-me honrado de poder contribuir para o reflorescimento desta que é uma das mais importantes casas de ópera da América Latina. No Theatro há muito trabalho a ser feito e é muito bom fazer parte desta equipe.

O Pentagrama: Neste ano de 2011, o senhor foi orientador artistico do “Curso de Direção de Orquestra Maestro Ivo Cruz” em Coimbra – Portugal. Como foi este convite, esta vivência?

Maestro Petri: Este convite foi fruto de uma colaboração entre as cidades de Santos aqui no Brasil e Arouca, Portugal. Essas são cidades irmãs e em uma das oportunidades eu regi a Orquestra Clássica do Centro sediada em Coimbra. Deste encontro nasceu a idéia de fazermos um Curso de Direcção de Orquestra. A idéia foi amadurecendo e o resultado foi um sucesso. Alunos muito talentosos e o concerto de premiação disputadíssimo com a participação de Taís Bandeira.


O Pentagrama: “Um Beijo Atlântico Brasileiro”, sua composição e letra em parceria com a soprano Tais Bandeira, com estréia em Coimbra - Portugal. Conta pra gente.

Maestro Petri: Durante o processo de desenvolvimento do projeto do curso apareceu a idéia de levarmos a soprano Taís Bandeira para colaborar com o curso. Levamos então um recital como “brinde”. E resolvemos dar um presente em agradecimento ao tratamento especial e compusemos em parceria “Um Beijo Atlântico Brasielro”. Uma experiência maravilhosa!

O Pentagrama: Nos espetáculos “Ópera Cantada e Falada”, como por exemplo em Carmen – baseada na ópera homônima de Georges Bizet, que percorreu cidades do Estado de São Paulo, o público aceitou bem? conseguiu aproximar o público deste tipo tão especial de arte ? Este projeto é uma idelização sua e de Cleber Papa ?

Maestro Petri: Esse projeto é um sucesso absoluto. Por onde passamos seja nas cidades pequenas seja em cidades maiores tivemos enorme sucesso! Sempre tivemos casa cheia e de público tanto apaixonado pela ópera como por aqueles que nunca tiveram acesso a esse tipo de espetáculo. Aliás o nome correto é Ópera Cantada e Contada. A idéia partiu de Cleber Papa que me convidou para fazer a direção musical dos espetáculos. Já criamos três títulos. Butterfly, Carmen e La Traviata.

O Pentagrama: Mais compositor, mais regente, mais pianista? Ou para a profissão é bom que seja uma mistura de tudo ?

Maestro Petri: Mais regente e diretor musical, mas nunca abandonei nenhuma das áreas. Acredito mesmo que quanto mais diversificarmos nosso conhecimento mais nós poderemos nos aproximar da realização completa. Não acho que seja possível ser um bom diretor ou regente sem que vc possa de alguma maneira se expressar tocando algum instrumento ou ter a capacidade de compor algo.

O Pentagrama: Seu currículo é bem extenso. Você já fez muita coisa. O que falta? Se sente realizado? Gostaria de trabalhar com alguém em especial?

Maestro Petri: Sinto-me realizado em muitos aspectos mas ainda tenho muitos desejos como artista. Gostaria muito de continuar atuando em áreas diversas, concertos, óperas, teatro, cinema, shows e qualquer tipo de espetáculo que envolva música. Gosto de trabalhar com quem é apaixonado e competente (nem sempre encontramos as duas coisas juntas).

O Pentagrama: Como o senhor vê o Mercado da música erudita brasileira ? é mais facil fazer sucesso no exterior?

Maestro Petri: É muito difícil fazer uma comparação isenta. Cada caso é um caso. Há pessoas que só conseguem sucesso fora, outras, que nunca saíram e estão muito bem aqui. Outras que fizeram sucesso fora e depois disso começaram a se dar bem por aqui.
Acho que é uma mistura de oportunidades aproveitadas com ousadia e determinação. Há bastante espaço não aproveitado ainda. Para todos os tipos de talentos e capacidades.

O Pentagrama: O senhor é considerado um maestro muito carismático, gentil, sem deixar de ser exigente e professional, é claro!. Tem algum preconceito no meio em relação a isto? Maestro bom é maestro bravo ?

Maestro Petri: Maestro bom pra mim é aquele que consegue fazer o grupo se superar e fazer mais que o máximo que eles podem fazer. Não acredito em “braveza” sem motivo. Ninguém escolheu fazer música porque foram obrigados. Por princípio todos os músicos querem tocar e tocar bem, por isso acho que uma liderança empática e motivadora sempre funciona mais. A sabedoria está em se encontrar um equilíbrio entre motivação e cobrança, lembrando que elas não são excludentes!

O Pentagrama: Quais são seus projetos para 2012 ? Será que daria para contar alguma coisa ?

Maestro Petri: Por enquanto manter meu trabalho frente à Orquestra de Santos cuidando de seu crescimento e colaborar para que o Theatro Municipal de SP brilhe novamente como uma das casas de ópera mais importantes da AL. Continuar a pesquisa e o trabalho com meu amigo Cleber Papa não só na “Ópera Cantada e Contada” como em outras idéias que podem indicar um caminho novo para a arte dita erudita.

Obrigado pela entrevista !

PAPO COM O ARTÍSTA: O PENTAGRAMA fala com a dona de uma das mais belas vozes do Brasil. A premiada soprano TAÍS BANDEIRA


O Pentagrama:Taís, que tipos de papéis são mais adequados a sua voz?

Taís Bandeira: Essa pergunta é dúvida de muitos. Sempre prefiro que me escutem ao vivo e tirem as próprias conclusões. Prefiro dizer o que sinto confortável em cantar agora, que são papéis verdianos como: Leonora (Il Trovatore) e Violetta, os mozartianos como: Fiordiligi, Condessa, Donn'Anna e Donna Elvira que adoro e me divirto muito cantando; os puccinianos como: Manon Lescaut, Ciò-ciò San, Liù, a histérica Tosca e Suor Angelica, que meus recentes 30 anos (risos) me permitiram cantar com conforto. Fora os alemães que amo como Rosalinde (J. Strauss), Salome (R. Strauss)...

O Pentagrama: Você acha que o Mercado lírico no Brasil está crescendo ? Tem mais oportunidades ?

Taís Bandeira: Após alguns anos com os 2 principais teatros líricos brasileiros fechados, tivemos uma absurda quantidade de cantores líricos sem trabalho. Quem tomou a crise como oportunidade foi buscando ou criando novos caminhos. Ganhamos um aquecimento enorme no mercado de pocket ópera, ganhamos finalmente um Teatro São Pedro dedicado à òpera e a fundação de uma orquestra lá o que dá emprego a muita gente. Ganhamos algumas companhias de ópera com apresentações itinerantes pelo país e pelo estado de São Paulo. Acredito que aumentaram as oportunidades sim mas não suficientemente para a quantidade crescente de bons cantores no país. O Brasil acaba sendo um mercado para poucos cantores que acabam cantando sempre (às vezes até repertório inadequado) e por todo o país.

O Pentagrama: Você tem algum cuidado especial com a sua voz? Tem algum ritual antes de entrar no palco ?

Taís Bandeira: Tive vários rituais. Já evitei sorvete e tomei só água morna durante uns 3 anos. Não ajudou em nada. (risos) Já tive uma sequência de tiques (ou TOC ?) nervosos que acreditei me que me davam sorte...(risos). Com o passar do tempo e principalmente quando se sai em turnê você se pega em situações limítrofes tendo somente 10 minutos para se arrumar, fazer a maquiagem e escolher se vai aquecer a voz, comer ou fazer os rituais. E tem que escolher bem, pois público está esperando o seu melhor. Atualmente se conseguir fazer um “bocca chiusa” e uma mini concentração ou respiração polarizada, já está bom.

O Pentagrama: Você foi vencedora dos mais importantes concursos de Cantos da América Latina como: Maria Callas (2007), Aldo Baldin (2007), Carlos Gomes (2008) e sem contar que em 2004 foi a primeira brasileira a participar do concurso de canto Operalia do Tenor Placido Domingo. Encurta caminhos ? abriu portas ? Como foi está vivencia ?

Taís Bandeira: Bem, ganhar concursos foi muito bom. É sempre melhor do que perder, certo? Errado! Concurso é uma loteria; se a maioria do júri gosta do jeito que você faz a música então você ganha. Mas isso não quer dizer que você assinará contratos até 2020! Se você cai nas graças ou no gosto de algum empresário ou produtor que estava te assistindo então isso sim pode te abrir portas. No Concurso Maria Callas que ganhei primeiro prêmio por exemplo tive uma amiga cantora que não foi premiada, porém foi convidada a estudar no Conservatório Giuseppe Verdi em Milão onde Carlos Gomes estudou! Já no Bidu Sayão que não fui premiada mas tive a honra de fazer a turnê deste ano de La Traviata e Carmen da Casa da Ópera

O Pentagrama: Você foi a estrela do programa “Brazil Inside Out” produzido pela BBC de Londres sendo veiculado em todos os continentes, como foi esta experiência ?

Taís Bandeira: Foi incrível. Na época eu morava em Salvador. Fazia o Mestrado em Etnomusicologia. E não sei como eles me acharam lá? Acho que descobriram que eu fui a primeira cantora amazonense a cantar ópera do palco do Teatro Amazonas desde a sua construção. E que sou fruto da política cultural do meu estado natal. Uma índia que canta ópera é no mínimo bom para inglês ver, não é? (risos) O mais legal de tudo foi a receptividade e o carinho dos brasileiros amigos que moram do outro lado do Atlântico. Eles ficaram felizes com o programa, adimirados e orgulhosos do nosso Brasil.

O Pentagrama: “Um Beijo Atlântico Brasileiro”, composição e letra em parceria com o maestro Luis Gustavo Petri, com estréia em Coimbra - Portugal. Conta pra gente.

Taís Bandeira: Foi uma experiência divina. Estar ao lado de um homem tão talentoso, competente, delicado e humilde é uma experiência única. Cada gesto é uma aula. Cada música que fazemos é uma dança, um balé sincronizado. A música é nossa língua precisamos dela para respirar, para viver. Compor ao lado de um homem generoso como este é estar em outro mundo. O “Um Beijo Atlântico Brasileiro” foi simplesmente a consagração de uma aliança musical foi conseqüência de tamanha gratidão que sentíamos em estar ali em Coimbra, estreando um recital nosso (o primeiro!) num lugar lindo rodeado de pessoas delicadas e generosas.
O Guga me faz querer ser uma cantora melhor, uma mulher melhor. Não dá nem para descrever.

O Pentagrama: Para você qual é o universo interpretativo mais rico na vida do cantor ?

Taís Bandeira: Depende. Quando se canta no gênero popular qualquer que seja utilizado microfone, consequentemente aumentamos o número de recursos vocais difíceis de serem ouvidos acusticamente. Porém, acredito numa frase de Renato Russo “Disciplina é liberdade”. Descobri que interpretar e mostrar seu talento no tempo e no ritmo que a música te dá e no limite ou idéia que o diretor cênico te oferece é intrigante e desafiador. Não é para qualquer um. É quase um se vira nos 30 do Faustão, sabe? Tem que ser uma pessoa não só inteligente mas também flexível, aberta a novas idéias e disposta a se despir totalmente não só física mas também intelectualmente. Tem que soltar o orgulho e aceitar a visão dos chefes (maestro e diretor). O que pode enriquecer ainda mais o trabalho. Além da ópera estou subindo no palco Metal. Meu sangue me chama para fazer Heavy Metal. Agora com a expansão da voz lírica dos palcos de rock sinto uma enorme empatia com o repertório. Com 12 anos eu freqüentava os festivais de rock em que meus cunhados tocavam, então além da MPB o rock foi minha escola inicial.
Meus planos contemplam espectáculos cênicos em que o virtuosismo heavy metal se mistura ao erudito.



O Pentagrama:
Em “Ópera Cantada e Falada”, você fez o papel de “Micaela” em Carmen – baseada na ópera homônima de Georges Bizet que percorreu algumas cidades. Como o público recebeu o espetáculo ? É uma boa oportunidade para aproximar o público deste tipo de arte ?

Taís Bandeira: A recepção do público foi maravilhosa. Havia pessoas que nunca tinham tido nenhum tipo de contato com música erudita, muito menos com ópera. Muita gente se emocionou e pediu que voltássemos sempre. Tem uma cidade que já convidou o grupo para retornar várias vezes. E o fizemos.
Trazer o público do interior pro Teatro Municipal é muito mais complicado. É mais fácil levar até eles uma produção de qualidade para que eles possam ter sua primeira experiência com ópera. Esse trabalho da Casa da Ópera com o Governo do Estado de São Paulo é um trabalho social e educacional formador de platéia. Parece um trabalho de formiguinha se formos pensar em termos numéricos, mas acredito que a médio e longo prazo e dando continuidade cada vez maior e em todo Brasil (penso sempre grande) teremos mais teatros de ópera lotados por todo o país.

O Pentagrama: Você já fez muito coisa, tem um vasto curriculum musical, Gostaria de trabalhar com alguém em especial? Um projeto específico ? um sonho ?

Taís Bandeira: Sim. Muitos! Na ópera, tenho muita vontade de dividir o palco com o Jonas Kauffman por exemplo. Cantar Salomé regida pelo Maestro Luis Gustavo Petri. Tenho vontade de cantar a Thaïs de Massenet, a Helena de Strauss e a Sieglinde e Isolde (Wagner). Sonhos não faltam. Sonho com Viena desde pequena e assim vai. Tenho que continuar estudando e estudando, quem sabe um dia fico pronta né?
O rock, é um projeto em andamento. Sempre que podemos Guga e eu apresentamos arranjos de piano e canto de clássicos do heavy metal em apresentações. Até que completemos a banda. Falta baterista, guitarrista ou baixista que cante gutural e etc. Mas é um projeto já no caminho. Mais perto.

O Pentagrama: Quais seus projetos para 2012 ? E, Onde poderemos ver você cantar ainda este ano?

Taís Bandeira: Em 2012 vou dar continuidade na preparação dos projetos de heavy metal e no estudo e preparação de repertório novo. Pretendo me aprofundar no repetório francês, se possível “in loco”.
Este ano se Deus quiser farei ainda alguns eventos, todos no mês de novembro.
Canto no dia 3 de novembro no espetáculo NATUREZA no Sesc Pinheiros em SP com regência do maestro Rodrigo Vitta.
Dia 11/11/11 maestro Petri e eu fazemos um recital homenageando o pianista e compositor mineiro Eduardo Tagliatti (meu amigo querido falecido há 1 ano, com apenas 26 anos) na abertura do concurso de piano e música de câmara como mesmo nome. Dia 23/11/11 - farei com o pianista Aimar Santinho o recital "Mulheres de Puccini" no Teatro Pró-Música de Juíz de Fora. Recital comentado com a participação de Sérgio Casoy, Rodolfo Valverde e o maestro Petri.

Obrigado pela entrevista !
A série "Erudito para Todos" no próximo dia 02/11 às 19 horas no Sesc Pompéia, apresenta Quarteto de Cordas Camargo Guarnieri, composto por Elisa Fukuda (1º violino)
Ricardo Takahashi (2º violino),Sílvio Catto (viola), Joel de Souza (violoncelo) e contará com a participação especial do pianista Paulo Henrique.

No Programa:

J.BRAHMS Quinteto op. 34 em fá menor

Allegro non troppo
Andante,un poco Adagio
Scherzo (Allegro)-Trio
Finale (Poco sostenuto-Allegro non troppo)

A.DVORAK Quinteto op.81 em Lá maior

Allegro,ma non tanto
Andante con moto
Scherzo (Molto Vivace )
Finale (Allegro)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SANTOS abre testes para músicos em sua temporada 2012.

A Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, abre testes para músicos de cordas (Violino, Viola, Violoncello, Contrabaixo), madeiras (Flauta,Piccolo, Oboé, Corn Inglês, Clarinete, Fagote e Contrafagote), Percussão e metais (trompa, trompete, tuba, trombone)para sua temporada 2012.

As inscrições irão até o dia 25/11/2011.


Ficha de inscrição obter pelo email: comusi.secult@santos.sp.gov.br

Documentação necessária: cópia simples da cédula de identidade, CPF e comprovante de residência. Tal documentação deverá ser entregue no dia do teste.

Thiago Arancan


Após a sensacional participação de Arancan cantando TOSCA de Puccini no Brasil, em setembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com direção de Carla Camurati sob batuta de Silvio Viegas, Thiago Arancan canta CARMEN de Georges Bizet em “San Francico Opera” nos dias 6,9,12,15,17,20,23,26 e 29 de Novembro de 2011 e dias 2 e 4 de Dezembro de 2011.

Sem contar que em 27 de janeiro e 1,3,4,10,11 e 13 estará na Opera de Lyon na França com a Ópera Il Tabarro de Puccini

Bravissimo !!! Thiago…

Paulo Tiné lança livro "HARMONIA FUNDAMENTOS DE ARRANJO E IMPROVISAÇÃO"

Paulo Tiné é Bacharel em Música, Mestre e Doutor em Artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. A originalidade de suas pesquisas deve-se à sua abordagem do repertório da música popular nas suas diversas vertentes a partir de um olhar acadêmico e de obras de referência, no caso da harmonia, de autores como Walter Piston, Arnold Schoenberg, Henrich Shenker, entre outros.

Docente da Faculdade Santa Marcelina (FASM), da Faculdade de Artes Alcântara Machado (UNIFIAMFAAM) e da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP). É também professor visitante do curso de Composição e Arranjo da Universidade Estadual do Pará (UEPA).

Esse livro é o resultado das experiências práticas e teóricas que o autor tem realizado em suas atividades de pesquisa e docência, bem como em suas atividades artísticas de arranjo e composição. Trata-se de um pequeno tratado que não pretende encerrar as perspectivas musicais, mas sintetizar os fundamentos essenciais ao aprofundamento de seus conhecimentos de harmonia. Dentro de uma perspectiva jazzística, a obra desenvolve paulatinamente conceitos de harmonia que são realizados através de técnicas de arranjo e suas propriedades são desenvolvidas no sentido de se buscar diferentes alternativas analíticas e escalares para cada música e acordes sugeridos na forma de exercício.

Embora esse trabalho não pretenda propor uma sistematização das cifragens, metodologia analítica e nomenclaturas confusas e contraditórias utilizadas nos meios musicais ligados à música instrumental e jazzística, ele procura ter pelo menos uma coerência interna à obra.


Quiçá, o principal aqui, não seja somente o material que se está a apresentar, mas principalmente, o como ele se mostra. Trata-se, também, de uma apresentação crítica de conceitos muito difundidos, porém pouco pensados. Entretanto tal crítica se dá mais pelo viés da adaptação e forma de apresentação desses conceitos do que por uma reflexão explícita tratando-se, vale lembrar, de um livro prático com diversas propostas de exercícios.

QUANDO IR A FRENTE É VOLTAR ATRÁS

A música este produto não perecível que nos faz perceber o tamanho de nossa existência. É ótimo poder sentir, ouvir e vê-la.
Muitas vezes me perguntam sobre o que é preciso para ser um audiófilo, bem, vou contar como fui orientado. Quando tinha meus 20 anos eu me fiz uma pergunta, como poderia aprender a entender música erudita?

A resposta viria de um membro próximo da família, Tio Rubens Rasmussen, já falecido. Em sua grande sabedoria ele me disse que precisava ouvir a Valsa de Viena. Naquele momento pensei comigo que seria um grande desafio, pois a imagem que fazia desse estilo de música me remontava aos salões de baile de Viena, com pessoas de certo requinte em grandes palácios.
De qualquer forma eu fui à loja comprar a fita para ouvir a Valsa, a família Strauss foi minha opção na escolha dentre outras composições, bem, ouvindo as fitas me chamou a atenção a marcação do tempo que era diferente, mesmo quando comparada com outras versões da Valsa, existia ali um espírito vienense, continuei escutando e analisando desde a introdução aos outros movimentos. A cada dia que ouvia descobria algo novo e o som foi ficando agradável e uma nova fase de descobrimentos começou.

Aqueles que apreciam o som de André Rieu percebe que o notável maestro sempre coloca em seus trabalhos as valsas, pois elas são ícones da música, levando a compensação do trabalho e a valorização do conjunto da obra.

Uma curiosidade, a Sony Music produziu um trabalho sobre a vida de madame Bardac, chamado “The Loves of Emma Bardac” esta senhora foi uma Diva do mundo da ópera em Paris no século XIX. Ela foi casada com um banqueiro, com quem teve dois filhos Raoul e Hélène, teve um caso com o compositor Gabriel Fauré, que na época era o diretor do Conservatório de Paris, após se separar do banqueiro ela casou-se com Claude Debussy com quem teve uma filha com 3 anos de diferença de Hélène. Tanto Fauré quanto Debussy compuseram músicas tocadas no piano à quatro mãos para que as duas meninas pudessem tocar juntas, de certa forma, o conceito foi muito moderno para a época.

As duas meninas foram retratadas em diversos quadros de grandes artistas, como Monet, Rembrandt e Toulouse Lautrec. O interessante é que um movimento permite a integração de diversas formas de arte e a junção de uma época, o impressionismo. O importante é que ouvindo a música pude entender toda uma grandeza das relações humanas, sua integração e sua evolução, portanto, sem a música das maravilhosas pianistas as irmãs Labeque, protagonistas do DVD da Sony eu não poderia compreender a lição de conhecimento e me dedicar a procurá-lo e, com certeza, me tornar um ser humano melhor.

por Paulo Roberto Pasian

PRINCIPADO DE MONACO E BRASIL UM INTERCÂMBIO PELA NATUREZA reúne artistas de Mônaco e de São Paulo


“NATUREZA”, é um espetáculo inédito, uma nova produção, com roteiro concebido em dois atos e quatro cenas pelo maestro Rodrigo Vitta, onde a dança contemporânea, voz, música orquestral e filme estão integradas, em completa fusão.

Nesse belíssimo espetáculo teremos na dramaturgia, dez bailarinos da “Danseurs Performeurs” com coreografia e concepção de Ramon Reis, (Principal solista do Les Ballets de Monte Carlo), Madrigal Voz Ativa, Orquestra Metropolitana e a soprano lirica Taís Bandeira, sob regência do maestro Rodrigo Vitta.

As composições de Flavio Romano e as imagens da natureza de Monaco e do Brasil produzidas por Antoine Loudot (artista residente em Mônaco) sem contar com os efeitos de luz de Silvestre Jr e os lindos figurinos de Ursula Felix, contribuirão para um emocionante e surpreendente espetáculo.

Diz o maestro Vitta: “O espetáculo NATUREZA e o intercâmbio Principado de Monaco e Brasil é um sonho. Tenho certeza que levaremos o grande público a um viagem pelas maravilhas e encantos da natureza e infelizmente também ao impacto causado pelas intervenções do homem. Seria pretensão minha a concientização do homem… mas acho que poderemos contribuir.. dar um brado…”

SERVIÇO:
TEATRO DO SESC PINHEIRO
Dia: 03/11/2011 às 21 horas
Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros
São Paulo - SP, 05424-150
(11) 3095-9400
1010 Lugares
Ingressos: R$ 8,00 (assoc. SESC), R$ 12,00 (meia) e R$ 24,00 (inteira)

sábado, 15 de outubro de 2011

Maestro Dudamel recebe Gramophone do Ano

O maestro venezuelano Gustavo Dudamel foi destacado com o Prêmio Gramophone Artista do Ano, atribuído pela revista britânica Gramophone, enquanto o violonista Milos Karadaglic recebeu duas categorias do prêmio.O montenegrino Milos Karadaglic recebe o Gramophone de Vendas digitais e em CD pelo álbum "Milos", assim como o Gramophone para o Jovem Artista do Ano.
Sobre o Gramophone Vendas, a revista especializada em música erudita, editada desde 1923, faz notar a "coincidência" entre as vendas alcançadas e as diversas críticas positivas que o disco recebeu.

Funarte dará gravações de festivais e bienais para compositores

Projeto da Funarte contemplará mais de 400 compositores com cópias de mais de 1.200 gravações de obras suas. As gravações foram feitas durante os Festivais de Música da Guanabara, de 1969 e de 1970, nas 19 Bienais de Música, realizadas a partir de 1975, e em outros eventos. O material faz parte do acervo do Centro de Documentação (Cedoc) da Funarte e foi reproduzido em CD a partir dos originais, em fitarrolo e em outras mídias analógicas. A maioria das gravações nunca foi ouvida pelos compositores.

O pontapé inicial do projeto aconteceu durante a 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, da Fundação Nacional de Artes – que acontece até 19 de outubro na Sala Funarte Sidney Miller (RJ) -, com a entregue ao maestro Edino Krieger de cópias de gravações de obras de Villa-Lobos.

Durante o evento serão apresentados 11 concertos, com trabalhos recebidos de sete estados brasileiros e também do exterior. O objetivo do evento é a troca de experiências entre músicos de todo o país. Um destaque desta edição é a execução de 74 obras inéditas, das quais 59 foram selecionadas no concurso Funarte de Composição 2010 – com prêmios entre R$ 8 mil e R$ 30 mil – e mais 15 peças também encomendadas pela Funarte, destacando-se autores como Jorge Antunes, Tim Rescala, Guilherme Bauer e Edino Krieger.

*Fonte: site do MinC

O que tem para hoje 16/10/2011 na Cidade de São Paulo ?

às 11 horas - Orquestra Sinfônica Municipal
Regente: Abel Rocha
Violoncelo: Antonio Meneses
Programa: Mozart - Abertura de A Flauta Mágica, Shostakovich-Sinfonia n.9 op 70 e Prokofiev-Sinfonia concertante op.125.
Teatro Municipal de São Paulo
Ingressos de R$ 15,00 a R$ 50,00

às 12 horas - Sinfonia Rotterdam
Série Sesi Música - Internacional
Regente:Conrad Elmer Va Alphen
Programa:Haydn-Sinfonia n.43, Deurzen-Tornado, Mozart-Sinfonia n.29 K201
Teatro do Sesi - Avenida Paulista n.1313
Entrada Franca

às 16 horas - Coral Jovem do Estado
Regente: Naomi Munakata
Programa: Stravinsky - Missa para Coro e quintento de sopros dobrado.
Auditorio do MasP

às 17 horas - Ópera L'Enfant Et les Sortileges de Ravel
Orquestra Experimental de Repertório
Coral Paulistano
Coral Infanto-Juvenil da Escola de Música de SP
Balé Jovem de São Paulo da Escola de Dança de SP
Imago Cia de Animação
Direção Musical e Regente: Jamil Maluf
com Denise de Freitas, Luciana Bueno, Luisa Francesconi, Caroline De Comi, Gabriella Pace, Leonardo Pace, Vinicius Atique, Paulo Queiroz
Direção Cênica: Livia Sabag
Coreografia: Luis Fernando Bongiovanni
cenários, figurinos e técnica de teatro negro: Fernando Anhê
Desenho de Luz: Wagner Pinto
Ingressos: R$ 15,00 a R$ 70,00

Desligue seu Celular !!!

Quando vamos ao teatro, seja para um concerto, ópera, musical ou uma peça teatral, é muito diferente de ir a um barzinho, uma festa de um amigo ou um restaurante com música ao vivo.

Quando vamos ao teatro para assistir a um concerto, por exemplo, vamos para ver e escutar, a orquestra, o maestro e se for o caso, o solista da noite.

Estamos ali atentos as nuances, o virtuosismo do solista, os ritmos, os andamentos e a dinâmica forte e piano. Estamos ali para entrar na viagem proposta por cada compositor em sua obra musical e ter a experiência de escutar ao vivo uma determinada música composta por grandes mestres da música como: Beethoven, Mozart, Villa Lobos ou Camargo Guarnieri.

Quando estamos completamente embriagados por aquele generoso cálice de notas musicais, o que acontece ? Um contundente som mecânico de um celular de última geração toca, de forma continua e insistente.

Somos compulsóriamente arrancados da embriagues, do puro êxtase que nos proporciona a música naquele momento, como se estivessemos tomando um banho gelado ou tomado uma bofetada no rosto.

Não somente nós o público presente somos dispertados, mas pode-se ter certeza que também os músicos, o maestro e o solista da noite, são arrancados violentamente daquele momento.

Não importa que o “ring tone” do celular é o último hit de “Lady Gaga” e que talvez para uns, seja melhor que a Nona Sinfônia de Beethovem. O que importa é que está sendo extremamente incoveniente, inoportuno, indesejável, fora de contexto e mal educado.

Por isso desligue seu celular impreterivelmente antes de entrar em uma sala de teatro, concerto ou o que quer que seja, pois o público quer curtir aquele momento, aplaudir e sair de bem com a vida.

por Alessandra Z.Vitta

Quem tem medo de Ópera, Música Clássica e Balé?

É sempre a mesma coisa: quando comento com alguém que gosto de ópera, balé e música clássica, as pessoas têm os mesmo clichês. Acham os ingressos caríssimos, respondo que o preço é igual ou menor que uma entrada de teatro. Dizem não entender essa arte, acham-na complexa, respondo que na ópera sempre temos a legenda, igualzinho ao cinema. Ela é cantada em idiomas como o italiano, alemão, francês, russo e outras línguas. Explico que ninguém fica cantando ao acaso, conta-se uma história com começo, meio e fim. Muitos sabem que sempre alguém morre no final, isso é verdade quando o assunto é o período romântico, mas ópera não é só romantismo; digo que existem muitas óperas cômicas interessantes. Todos os cantores são gordinhos, realmente muitos já foram.

Nos idos do século XXI não se aceita mais cantores acima do peso, o artista tem que se moldar ao personagem, e assim sendo, os robustos estão aos poucos sendo excluídos do cenário . As óperas duram uma eternidade, são mais de três horas no teatro. Nos dias de hoje as pessoas sofrem de ansiedade passional, querem tudo rápido e pronto. Explico que existem intervalos, onde você relaxa, toma um ar e o principal, conversa com amigos e ouve o burburinho do teatro.

No balé as pessoas reclamam de danças longas e incompreensíveis, digo que sempre existe um programa que explica toda a história. Um pouco de leitura e esforço intelectual ajudam a entender o que se passa, você vai se emocionar. Hoje a maioria quer tudo mastigado, pronto, pensado. Nos concertos, alegam a longa duração, e sempre reclamam do tempo e da música difícil. Para quem está acostumado às músicas de 4 minutos de sua banda de rock , um concerto de uma hora é uma eternidade.

Ópera, balé e música clássica é arte para poucos. Muitos têm um potencial para gostar, para ser consumidor e no entanto nem sequer foram apresentados a esse tipo de espetáculo. Existe toda uma geração de jovens que lotam teatros, gostam do espetáculo e muitos adquirem DVDs e CDs. Mas esse número pode ser muito maior. Falta divulgação e quando ela existe é elitista. Vide a vinda do tenor José Carreras ao Brasil, com divulgação em mídias de grande circulação e ingresso mais barato - R$ 500,00. Trabalho correto, sequencial e sério faz teatro lotar. Vi isso no Teatro Municipal de São Paulo antes de seu fechamento para reforma, todas as récitas lotadas, jovens de outras cidades se deliciando. O que acontece após aquele ano mágico de 2008, o teatro fecha para uma infinita reforma. Quebra-se toda a corrente, toda a galera se perde e é preciso começar tudo de novo.

por Ali Hassan Ayache

"Um a Um" Novo CD do Duo Siqueira Lima



Composto por Fernando Lima (Brasil) e Cecilia Siqueira (Uruguai), o DUO SIQUEIRA LIMA vem atraindo a atenção de músicos e críticos no Brasil e no exterior. Gravaram os CDs “Tudo ConCorda” e “Lado a Lado”, foram premiados em importantes concursos internacionais e vêm se apresentando por várias partes do mundo, sendo aclamado como revelação musical de sua geração.

“Um a Um” é o último e mais recente álbum do DUO SIQUEIRA LIMA, lançado pelo selo belga GHA records, que tem sido responsável por lançar os principais nomes do violão da atualidade, como Duo Assad, David Russell, Los Angeles Guitar Quartet, Eduardo Isaac, Yamandu Costa, entre outros.

O álbum foi lançado em um concerto no “Festival de Guitare de Paris” (Paris –França) em novembro de 2010 e estão organizando a turnê de lançamento no Brasil.

O CD, com arranjos do próprio duo, é dedicado exclusivamente a música brasileira e integra o repertório diferentes gerações de compositores a exemplo de: Pixinguinha, Gilson Peranzzetta, Radames Gnattali, Geraldo Ribeiro, Andre V. Correia, Paulo Bellinati, Cesar Camargo Mariano e Dominguinhos. Conta ainda, com faixa bônus com uma sonata de D. Scarlatti. Ressaltamos que duas obras foram compostas especialmente para o duo, pelo lendário violonista e excepcional compositor Geraldo Ribeiro.

“Um a Um”, está disponível e pode ser encomendado pelos seguintes Sites:

GHA records
http://www.gharecords.com/asp/shopping_2.asp?lang=fr&cd=126.065

Amazon.com
http://www.amazon.com/s/ref=nb_sb_noss?url=search-alias%3Dpopular&field-keywords=duo+siqueira+lima&x=11&y=11

hbdirect.com
http://www.hbdirect.com/album/1735881-um-a-um.html

VIOLÃO SINFÔNICO 2011 - Orquestra Metropolita, Marco Pereira sob regência do maestro Rodrigo Vitta


A noite de 08 de outubro foi presenteada com a apresentação do compositor e violonista Marco Pereira, no belo teatro do Sesc Santana, acompanhado da Orquestra Metropolitana, sob a Regência de Rodrigo Vitta.

A primeira obra, que não contou com a presença do violonista, foi Alma Brasileira, arranjo do Maestro Vitta sobre o Choros nº5 de Villa-Lobos. Em seguida, pudemos ouvir a belíssima Serenata, composição de Marco Pereira para violão e orquestra de cordas. Apesar de alguns problemas como o sistema de som do teatro, Serenata demonstrou, já de início, a habilidade de Marco Pereira em produzir arranjos orquestrais generosos, elementos contrapontísticos refinados, lembrando em alguns momentos a sofisticação do saudoso Tom Jobim, em outros a sentimentalidade de Ennio Morricone.

A obra seguinte foi Suíte das Águas, também de Marco Pereira, para violão e orquestra de câmara. Suíte das Águas propôs uma inteligente costura de temas de Dorival Caymmi, envoltos por uma admirável orquestração. A curiosa reação do público ao identificar os temas de Caymmi comprova a eficácia da fórmula, que seria utilizada novamente em outro momento do concerto, com obras de Baden Powell.

Círculo dos amantes, a penúltima música do concerto, propôs a ampliação da orquestra de câmara, ou ainda sua fusão com instrumentos tipicamente populares, como a percussão e a bateria. Utilizando-se densamente dos metais e madeiras, além da percussão, o violonista apresentou uma obra rítmica e contrapontisticamente refinada; a composição em si apresentou-se como a mais “formal” em termos de estrutura composicional para orquestra de câmara.

Finalmente, Violão Vadio, composição e arranjo do Marco Pereira sobre temas de Baden Powell conduziu o público presente ao êxtase, não apenas pela possibilidade de identificação de diversos temas popularizados por Powell, como também pela intensidade sonora e pelo vigor com que a obra foi executada por Pereira e pela orquestra comandada por Vitta. A noite de 08 de outubro foi, como disse, um presente aos ouvidos de violonistas e amantes da arte. 
por Giacomo Bartoloni

VIOLÃO SINFÔNICO 2011 - Orquestra Metropolita, Edelton Gloeden sob regência do maestro Rodrigo Vitta


A segunda e última noite da edição 2011 do projeto Violão Sinfônico recebeu o renomado violonista e grande amigo Edelton Gloeden. Acompanhado da Orquestra Metropolitana, Edelton apresentou o entusiasmante Concierto Del Sur, do compositor mexicano Manuel Maria Ponce.

Antes que Edelton viesse ao palco, a Orquestra Metropolitana, sob a regência do maestro Rodrigo Vitta, apresentou obras que, embora pouco conhecidas do público, tinham indiscutível valor estético e composicional. Em outras palavras: eram músicas muito bonitas. Podemos citar Prelúdio para orquestra de cordas, do compositor grego radicado nos Estados Unidos Dinos Constantinides – atualmente professor de composição na Universidade de Louisiana, ou ainda Pastorale D´été, do prolífico compositor suíço Arthur Honegger, obra que carregava indiscutíveis influências de seu mestre Vincent D´indy.

Coube ao Edelton finalizar esta noite com Concierto de Sur. Particularmente, é difícil falar do Edelton de maneira imparcial, afinal de contas, somos companheiros de profissão e amigos há mais de quatro décadas. Uma coisa que nunca mudou neste tempo todo foi a característica do Edelton de sempre se preparar muito bem para suas apresentações. Para este concerto, não foi diferente. O que se viu foi um músico experiente e bem preparado, que fez com que o difícil Concierto Del Sur parecesse fácil a quem observa. Além disso, Edelton prendeu a atenção do público com uma interpretação expressiva, com vibratos cheios de vida e com seu característico timbre aveludado ao violão. Nem mesmo uma falha do sistema de som do teatro (a exemplo da noite anterior) foi capaz de prejudicar a performance do Edelton, e eu fiquei muito feliz em fazer parte desta apresentação.

Ao final da noite, duas coisas ficaram bastante claras: a coragem do maestro Vitta em propor um repertório que fugia ao clichê, e que efetivamente contribui para a ampliação do repertório de concerto; a maturidade musical e a responsabilidade profissional que atingiu o meu amigo de quatro décadas Edelton Gloeden.

por Giacomo Bartoloni

Menino Peralta: L’ Enfant et les Sortilèges ou O Menino e os Sortilégios



  L’ Enfant et les Sortilèges ou O Menino e os Sortilégios em português é denominada como fantasia lírica. Maurice Ravel (1875-1937) levou vários anos elaborando a obra, brigou com a libretista , rasgou esboços e por fim conseguiu uma musicalidade única. Toda a peça é uma miscelânea de números irônicos. Muitos lembram o século XVIII , passam pelo romantismo do século XIX e terminam no ragtime estadunidense. A união desses números está no libreto que nos leva ao mundo da imaginação.

      Um garoto peralta, que precisa de umas boas palmadas, faz toda a espécie de travessuras. Todos se revoltam: móveis , animais e elementos naturais. No decorrer da peça surpresas e mais surpresas. Um grande trabalho que agrada ao público de todas as idades. A récita do dia 13/10/2011 comprovou o gosto do público pela ópera.
     
A produção acertou em cheio.Cenários condizentes com o enredo, que fazem a imaginação viajar para outras esferas. Crianças encantadas e marmanjos felizes com uma variedade de cores e técnicas teatrais. Figurinos impecáveis, desfilaram todo o tipo de recurso cênico: Luz negra, projeções e objetos de tamanho enorme realçaram a encenação. Lívia Sabag entendeu o contexto, movimentou de maneira inteligente e perspicaz todos os cantores, deu uniformidade e transformou a obra em um belo conto de fadas. O coreografo Luiz Fernando Bongiovanni arrasou, seu ponto alto foi a Dança das Rãs 

O tema da obra pode ser infantil, mas a partitura não tem nada de fácil. Jamil Maluf soube com uma sensibilidade que lhe é peculiar explorar todas os temas com precisão. Volume e medidas certa, deixou os cantores livres. Fez uma leitura clara e precisa.

Os solistas estiveram em noite inspirada. Denise de Freitas fez um Menino mais que peralta, sua voz volumosa e com graves fartos é ideal ao personagem. Luciana Bueno com sua voz única, luminosa e recheada de graves penetrantes foi uma grande mãe+ chicara chinesa +libélula. Caroline de Comi assumiu 3 personagens, o fogo+a princesa e o rouxinol, uma voz de agudos brilhantes , únicos e marcantes. Luiza Francesconi foi mais um destaque, cantora inspirada. Destaque positivo para os solistas: Gabriela Pace, Leonardo Pace e Paulo Queiroz.

Não entendo o porquê da tradução do libreto para o português. Sou a favor da manutenção da língua original. A concepção da obra é única, sagrada. Os ingleses tem essa mania, Janet Baker fez um Giuliu Cesare in Egito  de Händel em inglês , nem sua grande voz conseguiu salvar a obra. Com a tradução perde-se a musicalidade da peça, o português não é uma língua musical como o francês. Fica esquisito e se a intenção é facilitar o entendimento por que colocam as legendas? Porque a maioria não entende o que está sendo cantado.

Nada justifica um atraso de 15 minutos para o início do espetáculo. Não me importo que crianças falem , comentem com as mães os detalhes , as alegrias e mazelas do que se passam no palco. Conversar o tempo todo é uma afronta. Na cena do fogo um guri se assustou e soltou o berreiro, os pais do garoto sequer o tiraram do recinto, deixaram que ele chorasse a vontade. O público respeitou a regra de não tirar fotos, grande evolução. Na ópera João e Maria de Humperdinck os flashes eram constantes. 

                   por Ali Hassan Ayache  

MÚSICA E SAÚDE: A MUSICOTERAPIA E O PACIENTE COM ALZHEIMER



A música e a Musicoterapia auxiliam na estimulação das funções cerebrais, ou seja, nas áreas cognitivas e límbicas, que colabora também para auto-estima, resgate da memória, potencialidades e possibilidades que ele ainda possui.
 
Diante de todas as dificuldades reconhecidas para o tratamento clínico da doença de Alzheimer e suas limitações terapêuticas, a musicoterapia procura atuar com a finalidade de preservar o que o paciente ainda tem de saudável, apesar do processo ser, até o momento irreversível.
 
O paciente com Alzheimer no início da doença possui um declínio cognitivo com perda de memória recente. Com o auxílio da Musicoterapia o paciente poderá ter acesso a lembranças, recordações e situações em que o mesmo possa ter prazer em suas atividades, trabalhando a auto-estima e resgatando momentos significativos da própria história.  

Como a música tem o poder de estimular áreas encefálicas não lesadas, durante as sessões musicoterápicas, utilizando instrumentos musicais, ouvindo suas músicas prediletas ou cantando, o paciente terá suas conexões cerebrais estimuladas e poderá alcançar vários níveis de memória, da mais remota, até a mais recente.
 
O conteúdo musical do paciente pode variar de canções antigas até as mais recentes, que podem estar associadas a diversas fases da sua vida.

O musicoterapeuta pode também investigar os aspectos emocionais/psicológicos do paciente e ajudá-lo em tarefas as quais ele apresente dificuldades, trabalhando sua auto-estima. Tais objetivos podem ser alcançados através de improvisações, composições, canções e re-criações musicais, dentro do processo musicoterápico.

As sessões podem ser individuais ou grupais.  

As experiências musicoterápicas são eficazes no tratamento da doença de Alzheimer, desde os estágios leves  até o mais moderado da doença.
 
Alguns dos principais objetivos dessas experiências musicoterápicas são: Promover a receptividade; evocar respostas corporais específicas; estabelecer uma comunicação com o ouvinte e o grupo; melhorar a atenção e a orientação e promover a identificação e a empatia com os outros.
 
O Musicoterapeuta deve preocupar-se com as limitações deste paciente percebendo então, se as técnicas escolhidas serão eficazes.
Os procedimentos para a realização das sessões de musicoterapia consistem em uma enntrevista inicial, com uma coleta de dados do paciente, a fim de saber se o paciente é indicado para a Musicoterapia.Uma Ficha Musicoterápica é realizada para obter informações sobre a musicalidade o paciente, sobre as experiências não musicais e musicais que o paciente possui, atuais ou anteriores. O passo seguinte é a Testificação Musical, realizada de forma prática, para saber mais sobre as informações trazidas pelo paciente.NISIBAYASHI  (2005) chama a atenção para o fato de que os intrumentos musicais utilizados com pacientes da 3a idade devem ser leves e de fácil manuseio, proporcionando assim conforto e  segurança, evitando que o paciente possa vir a ferir-se em contato com algum objeto cortante ou pesado. 
O musicoterapeuta deve sempre informar os ganhos que o paciente tem durante a sessão, para que seus familiares possam dar um reforço positivo no ambiente familiar. O vínculo entre os familiares também pode e deve ser trabalhado neste sentido, integrando o paciente para que ele possa sentir-se um membro da família, para sentir-se valorizado pela sociedade, para que as pessoas possam entendê-lo como ser humano cheio de potencialidades. Para alcançar estes objetivos o musicoterapeuta  trabalha o reconhecimento de objetos e dos familiares, através da exploração dos instrumentos musicais, do próprio fazer musical.
 
O tratamento musicoterápico permite trabalhar com canto, brincadeiras, jogos musicais, improvisações, canções e recreações, fornecendo momentos prazerosos e ao mesmo tempo estimulando a capacidade que o processo de envelhecimento acabam degeneralizando.
 
Desta forma, a Musicoterapia pode trabalhar com:
 
        memória: podendo realizar improvisações, composições, execução de canções que auxiliem numa organização; que possibilite o paciente expressar sentimentos, como de irritação, agressividade, stress, etc.
        o corpo: atividades que proporcionam melhora da motricidade, como a diminuição do tônus muscular, a fim de auxiliar na marcha,coordenação de movimentos e também a questão da consciência corporal e espacial, através do ritmo, de uma pulsação sendo executado pelo próprio paciente ou o terapeuta;
        trabalhar aspectos relacionados ao afeto, juízo crítico, atenção, percepção, capacidade de lhe dar com novas situações;
        atividades que trabalhem a compreensão da  palavra escrita e falada;
        trabalhar a percepção sensorial, auditiva, visual, tátil;
        os instrumentos escolhidos para a sessão devem ser de fácil manuseio, tendo como alternativa colocar os objetos na mesa, a fim de facilitar a utilização dos mesmos. Os instrumentos não devem ser infantilizados e devem ser com boa sonoridade,que proporcionem segurança e que sejam de material natural como madeira, pele, diferentes texturas,forma e peso.

Por Rebeca Porto
musicoterapeuta, musicista e professora de música, mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

EDITORIAL

Alessandra Vitta
Editora O Pentagrama
Há 10 anos me apaixonei pelas artes, em especial pelo mundo da música clássica, porém muito tarde para me tornar uma instrumentista e desafinada demais para ser uma cantora de ópera.

Elaborei projetos, trabalhei em produção de concertos e espetáculos. Um belo dia, comecei a divulgar as produções que participava e para minha surpresa, me dei muito bem  nisso e nunca mais parei.

Fiz amizades, abri portas e hoje descobri uma maneira de difundir mais e mais esta bela arte, que para mim é muito especial.

Assim, nasce “O PENTAGRAMA”, este cantinho, feito com muita paixão e entusiasmo, que irei compartilhar com todos vocês, disponibilizando matérias, notícias, dicas, críticas, entrevistas, videos, audios, roteiro, sempre com conteúdos de qualidade e interessantes ligados a música clássica.

Vamos juntos navegar por este universo fascinante.



Bom divertimento !


Ah.... já ia me esquecendo.....


Caso esteja interessado(a) em divulgar sua programação, atividades, anuncio, parcerias, entre outros assuntos, encaminhe sua solicitação para o email: azvitta@terra.com.br