sábado, 19 de maio de 2012

O Celebrado Pianista LANG LANG no Brasil

Lang Lang

O celebrado pianista chinês Lang Lang, 29 anos, mundialmente considerado um prodígio na técnica de seu instrumento, o "artista mais espetacular do universo da música clássica" pelo New York Times, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo" pela Revista Time, faz duas apresentações na Sala São Paulo, uma amanhã dia 20 e outra no dia 22 de maio, e uma apresentação no dia 24 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Nos três concertos, Lang Lang toca a Partita nº 1 de Bach, a Sonata em si bemol D 960 de Schubert e os Doze estudos op. 25 de Chopin.


Nascido em Shenyang, na República Popular da China, Lang Lang aos 29 anos é considerado grande celebridade da música clássica mundial. Ele se apresentou na abertura da Olimpíada de Beijing, em 2008, assistida por 5 bilhões de pessoas em todo o planeta, quando foi apresentado como um símbolo da juventude e do futuro da China. Estima-se que cerca de 40 milhões de crianças chinesas tenham iniciado os estudos de piano após esta performance.

Lang Lang também já tocou para a Rainha Elizabeth II, para os presidentes Barack Obama e Hu Jin-tao na Casa Branca e para inúmeros outros chefes de estado, além de duas edições do Prêmio Nobel da Paz, em Estocolmo (2007 e 2009). Seus discos costumam frequentar o topo das listas dos mais vendidos, não só entre os clássicos, mas também na chamada música pop.

A carreira começou aos cinco anos, quando ganhou um concurso de piano e fez seu primeiro recital. Quatro anos depois, tornou-se aluno do Conservatório Central de Beijing e aos 14, já apresentava-se como solista à frente da Orquestra Sinfônica Nacional a China.

Já nos EUA, em 1997, foi aluno de Gary Graffman no Curtis

Institute, na Filadélfia. Em 1999 viveu o desafio de ser escalado no último instante como pianista substituto para tocar Tchaikovsky no “Gala of the Century”, do Festival de Ravinia, com a Sinfônica de Chicago. Sobre o concerto, semanas depois, o Times de Londres escreveu: “Lang Lang tomou de assalto um Albert Hall lotado. É bem possível que esteja fazendo história”.

A previsão do jornal inglês se confirmou. Lang Lang foi o primeiro chinês a se apresentar com as Filarmônicas de Viena e Berlim – sob regência de Sir Simon Rattle e Zubin Mehta, respectivamente – e a ser indicado para um Grammy, o de “Melhor Solista Instrumental”, em 2007.

No ano seguinte, na cerimônia do mesmo prêmio, tocou ao lado de Herbie Hancock, lenda do jazz, com quem depois saiu em turnê. Também se apresentou com a Staatskapelle da capital alemã, desta vez sob regência de Daniel Barenboim. Na temporada 2010/2011, foi o principal nome do concerto de véspera de ano novo no Lincoln Center, com a Filarmônica de Nova York.

Em 2011/2012, além do concerto de gala em comemoração ao centenário da Sinfônica de São e do encerramento do da série BBC Proms, no Albert Hall, em Londres, também realizou turnês com a Orquestra do Concertbegouw de Amsterdã e as Filarmônicas de Viena e Nova York. Também tocou no concerto em celebração aos 200 anos do nascimento de Franz Liszt, com a Orquestra da Filadélfia – transmitido ao vivo para centenas de salas de cinema nos EUA e Europa.

À frente da Lang Lang International Music Foundation, criada em 2008, o pianista busca valorizar a importância da educação musical, formar plateias para a música clássica e revelar novos talentos.

A intimidade do pianista com o teclado é tamanha que ele acrescentou ao estilo pessoal movimentos extrovertidos do corpo como redundância de seus sentimentos.

Também ressuscitou gestuais que há um século levava alguns pianistas reiterar com extravagâncias gestuais suas aptidões em cena.

Em 2005, quando de suas primeiras apresentações no Brasil, chegou a apoiar o cotovelo esquerdo na extremidade do piano para demonstrar que a mão direita não exigia ter o tronco em equilíbrio para tocar à vontade.

Mas se tais idiossincrasias incomodam --"coisas da juventude", dizia-se então-- há ao mesmo tempo em Lang Lang um mergulho tão perfeito no fraseado e na dinâmica que se recomenda aos molestados fechar os olhos e apenas ouvi-lo interpretar.

O fato é que seus fraques em cores berrantes e o par de tênis em lugar dos sapatos ajudaram a fazer dele uma celebridade singular. Já foi objeto de dois documentários e, aos 26 anos, publicou o primeiro dos dois livros com suas memórias e experiências artísticas.

Há também o Lang Lang dos CDs --só 14 gravados, todos eles best-sellers. E com momentos sublimes, como o "Concerto nº 3", de Rachmaninof, com a Filarmônica de São Petesburgo, regida por Yuri Temirkanov. Rivaliza com as duas versões de referência, que trazem a argentina Martha Argerich e o russo Evgeny Kissin.



Serviço:

* SÃO PAULO

20/05 domingo e 22/05 terça, às 21h, na Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. (11) 3223-3966)
de R$ 140 a R$ 330,00

* RIO DE JANEIRO

24/05 (quinta) às 20:30h no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Marechal Floriano – Centro – (21) 2332-9134) de R$ 100,00 a R$ 400,00









Fonte: A Folha de São Paulo e Revista Concerto

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