terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ana de Hollanda deve deixar Ministério da Cultura


Ana de Hollanda
Foto: Internet
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, deve deixar o cargo ainda hoje, terça-feira, segundo informações da Folha de S.Paulo. A senadora petista Marta Suplicy (SPT) seria a cotada para assumir a pasta.

De acordo com as agendas da ministra e da Dilma, está prevista uma audiência nesta tarde. A participação da senadora na campanha de Haddad teria sido decisiva para a mudança, que já estaria prevista para ocorrer após as eleições municipais.

Desde o início do governo Dilma no ministério, Ana de Hollanda Irmã do compositor Chico Buarque, cantora e que fez carreira na burocracia estatal, trabalhando inclusive na Funarte teve sua gestão foi marcada por críticas e poucas realizações. Em diversas oportunidades, o Planalto teve que negar a saída da ministra.

Com a virada do ano, houve a expectativa de uma reforma ministerial e o nome da ministra figurava entre as possíveis trocas.

Um dos primeiros problemas de sua gestão foi a retirada do selo "Creative Commons", que facilita o trânsito de obras na internet, já que regulamenta os direitos do autor sem que haja necessidade de contrato escrito.

Outra crítica de parte do setor cultural é que ela não teria se empenhado para garantir um corte menor no Orçamento da Cultura.

A ministra foi alvo de campanha dentro do próprio PT, que teve início quando cancelada a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa.

No ano passado, a CGU (Controladoria Geral da União) determinou ainda que Ana devolvesse cinco diárias que recebeu quando estava no Rio de Janeiro sem compromissos oficiais.

Em março, a Comissão de Ética Pública da Presidência pediu esclarecimentos à ministra por ter recebido camisetas da escola de samba Império Serrano para desfilar no Carnaval.

O brinde foi enviado seis meses após o ministério zerar a inadimplência da agremiação carioca, desbloqueando o CNPJ da escola.

Ainda no mês de março deste ano, sua situação ficou mais delicada após denúncias de que o MinC advogou em favor do Escritório de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad) em um processo no qual a instituição autoral era acusada de cartelização e gestão fraudulenta. Na ocasião, se disse vítima de uma “campanha de má-fé” e criticou a cobertura da imprensa no caso.

Em seguida, artistas, intelectuais e militantes pediram publicamente sua saída da pasta em um manifesto eletrônico, em que apontavam o despreparo de Ana de Hollanda para ocupar o cargo.



Fonte: A Folha de São Paulo e Blog O Estado de São Paulo

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