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TMSP Foto: Internet |
Vale ressaltar, que o trio Hirsch, Thomas e Tassara realizou no Theatro Municipal de São Paulo também a direção cênica e cenografia respectivamente, das celebradas óperas: O Castelo do Barba Azul (2006) e Rigoletto (2011), esta última em comemoração ao centenário do teatro paulistano.
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maestro Luís Gustavo Petri Foto: Divulgação |
Com a Orquestra Sinfônica Municipal e participação do Coral Lírico (em Violanta), sob a regência de Luís Gustavo Petri, que também assina a direção musical, o programa reúne, entre os cantores, as sopranos Céline Imbert, como Bianca (Uma Tragédia Florentina) e Eiko Senda, como Violanta; o tenor Martin Muehle atuando nas duas óperas, nos papéis de Guido Bardi (Uma Tragédia Florentina) e Don Alfonso (Violanta); e os barítonos Federico Sanguinetti interpretando Simone (Uma Tragédia Florentina) e Rodrigo Esteves, como Simone Trovai (Violanta).
Neste seu terceiro trabalho de tradição operística, Felipe Hirsch destaca a potência da dramaturgia em ambas as obras e o desafio de tornar cênicas a densidade, a dimensão emocional e ainda fazer refletir no palco a complexidade musical.
Em Violanta, ópera composta por Korngold quando tinha apenas 17 anos, o dramaturgo brasileiro buscou intensificar o poder da música construir a encenação. Sobre Uma Tragédia Florentina, Hirsch ressalta a extrema teatralidade do libreto retirado de texto de Oscar Wilde. As duas óperas, criadas em 1916 (Violanta) e 1917 (Uma Tragédia Florentina), se passam, respectivamente, em Veneza do século XV e em Florença do século XVI. Felipe Hirsch, nesta produção, diferentemente da atemporalidade recorrente em seus projetos, pela primeira vez, expressa e descloca o tempo, ao separar por cerca de 300 anos uma peça da outra.
Em sua criação, Violanta acontece na Renascença e Uma Tragédia Florentina, no ano de 1979. Segundo o encenador, toda a luz será desenhada com projeção para criar um volume solto no palco, um espaço adensado pela violência e pela delicadeza ao mesmo tempo. “Enquanto estive mergulhado neste trabalho, não saiu da minha cabeça a imagem de La Donna Partigiana, uma escultura em Veneza com a figura de uma mulher caída - morta na guerra -, que submerge e emerge das águas, conforme o movimento das marés”, comenta.
O fato de as duas peças tradicionalmente serem encenadas juntas vai além da contemporaneidade dos compositores e de que, por indicação de Mahler, Zemlinsky ter sido professor de Korngold. Grande parte da produção operística gira em torno de traições, triângulos amorosos e tragédias e, este caso, não é diferente.
Encenadas na Itália renascentista, os enredos são bastante parecidos – dois triângulos amorosos protagonizados por um marido traído chamado Simone em ambas as peças (barítono) e um amante da nobreza (tenor) – mas com finais diferentes e surpreendentes. Em termos musicais, apesar de não serem tão parecidas, ambas são bastante complexas e refletem bem a linha da ópera alemã do início do século XX, com fortes influências de Wagner, Mahler e Richard Strauss, apesar deste último ter sido um contemporâneo dos dois.
À parte isso, Violanta dura cerca 1h10, enquanto Uma Tragédia Florentina tem pouco mais de 50 minutos, juntas, portanto, têm o tempo de uma ópera padrão.
Programa Duplo:
12 sex 20h, 13 sab 20h, 16 ter 20h, 18 qui 20h, 20 sab 20h, 21 dom 17h (duração total com 1 intervalo 2h20’)
Sugestão de faixa etária: acima de 10 anos
Ingressos: R$ 100, 60 e 40.
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Telefone: 3397-0300
Bilheteria: 3397-0327
Fonte: Site do TMSP
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