DUAS BELDADES CANTAM MISSA DE MOZART NA SALA SÃO PAULO
Publicado originalmente no blog "Ópera e Ballet"
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentou no último dia 26, um programa eclético, sob a batuta de Louis Langrée tivemos de Alfred Schnittke a excêntrica Moz-art à la Haydn e a de Haydn a Sinfonia 44, Fúnebre ( o homem compôs mais de cem) e para fechar o programa de Mozart a obra Davidde Penitente.
Trazer música nova, diferente e moderna é função de toda grande orquestra. Devido à consistência da programação a OSESP tem o direito e o dever de apresentar uma obra como Moz-art à la Haydn.
Pequeno número, músicos que tocam sons estranhos, alguns deles inspirados nos compositores do título, fazem diversas gracinhas, vão entrando no escuro do palco e deixam o maestro completamente só no final. O público vai ao delírio. Musicalmente nada de interessante, mas diverte a galera.
A OESEP nas mãos de Langrée tocou com qualidade, mostrando as belas passagens líricas do título.
A obra é interessante e os solistas a tornaram especial. Mari Eriksmoen mostrou uma linda voz lírica com projeção absurda. Timbre delicado que encantou a platéia, uma voz sedutora, valeu sua vinda da distante Noruega. Além da voz a moça irradia uma beleza européia única, sedutora, deixa os marmanjos babando e as senhoras morrendo de inveja. O soprano fará em breve sua estreia no Scala de Milano. Valeu a passagem e o cachê, essa canta muito.
Luisa Francesconi não fez por menos, mostrou uma voz quente, com graves portentosos e fartos. Tirou de letra as difíceis coloraturas que a obra exige , a beldade brasileira tem técnica, afinação e talento de sobra. Um mezzo-soprano pronto para brilhar. O tenor Colin Balzer não fez mais que a obrigação, sua voz é comum e nada interessante. Seu timbre não empolga.
Destaque para o Coro da OSESP regido pela sempre competente Naomi Munakata. Cantou com intensidade e volume celestial. Uma interpretação feita com brilhantismo. Deu vida a uma obra que nos transporta a outra dimensão. A OSESP esteve em noite inspirada, tocou muito bem. Os naipes tiveram alguns desencontros, mas nada que tirasse o brilhantismo da obra. Os cinqüenta minutos da missa passaram rapidinho.
Maestro Louis Langrée Foto: Internet |
Depois de um merecido intervalo tivemos a Missa Davidde Penitente de Mozart, o genial compositor pegou trechos de outros compositores que eu nem imagino quem sejam e retalhou aqui, acrescentou ali e mudou acolá. Ninguém o processou na época, direito autoral só viria bem depois. Fazer isso era comum entre os compositores e na época Mozart estava atolado em encomendas.
![]() |
Mari Eriksmoen Foto: Internet |
A obra é interessante e os solistas a tornaram especial. Mari Eriksmoen mostrou uma linda voz lírica com projeção absurda. Timbre delicado que encantou a platéia, uma voz sedutora, valeu sua vinda da distante Noruega. Além da voz a moça irradia uma beleza européia única, sedutora, deixa os marmanjos babando e as senhoras morrendo de inveja. O soprano fará em breve sua estreia no Scala de Milano. Valeu a passagem e o cachê, essa canta muito.
![]() |
Luisa Francesconi Foto: Internet |
Luisa Francesconi não fez por menos, mostrou uma voz quente, com graves portentosos e fartos. Tirou de letra as difíceis coloraturas que a obra exige , a beldade brasileira tem técnica, afinação e talento de sobra. Um mezzo-soprano pronto para brilhar. O tenor Colin Balzer não fez mais que a obrigação, sua voz é comum e nada interessante. Seu timbre não empolga.
Destaque para o Coro da OSESP regido pela sempre competente Naomi Munakata. Cantou com intensidade e volume celestial. Uma interpretação feita com brilhantismo. Deu vida a uma obra que nos transporta a outra dimensão. A OSESP esteve em noite inspirada, tocou muito bem. Os naipes tiveram alguns desencontros, mas nada que tirasse o brilhantismo da obra. Os cinqüenta minutos da missa passaram rapidinho.
Por Ali Hassan Ayache
Fonte: Ali Hassan Ayache - Blog Ópera e Ballet
Nenhum comentário:
Postar um comentário